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Brasil adicionará 19,2 GW de capacidade solar em 2025, sinalizando crescimento mais lento
O Brasil deve instalar 19,2 GW de nova capacidade solar em 2025, marcando apenas um ligeiro aumento em relação aos 18,9 GW adicionados em 2024, de acordo com o “Global Solar Power Market Outlook 2025–2029” da SolarPower Europe. Enquanto o país continua a fortalecer sua liderança no mercado solar da América Latina — particularmente na geração distribuída — o ritmo de crescimento deve se estabilizar no curto prazo.
Esta desaceleração é atribuída às recentes alterações nas regulamentações de autoconsumo e aos atrasos na ligação dos sistemas de geração distribuída à rede.Além disso, as restrições na infraestrutura de transmissão continuam a representar desafios significativos para projetos de energia solar em larga escala. No entanto, as novas regulamentações de armazenamento de energia, que entrarão em vigor em 2025, podem impulsionar o setor.
Em dezembro de 2024, O Brasil ficou em sexto lugar no ranking mundial de capacidade solar acumulada, atingindo 66,7 GW. Foi o quarto maior mercado em termos de novas instalações solares no ano passado, depois da China (329 GW), dos Estados Unidos (50 GW) e da Índia (30,7 GW).
Apesar da estagnação esperada para 2025, as projeções de longo prazo permanecem otimistas. Com base em dados da Absolar e da Empresa Brasileira de Pesquisa Energética (EPE), A capacidade total instalada de energia solar fotovoltaica no Brasil pode atingir entre 90 GW (cenário conservador) e 107,6 GW (cenário otimista) até 2029. Somente para geração distribuída, a capacidade instalada deverá atingir entre 54,2 GW e 63,9 GW, enquanto a geração centralizada deverá crescer em média 3,7 GW a 5,3 GW anualmente.
Em 2023, o Brasil viu um aumento de 15% nas instalações solares, tornando-se o terceiro maior mercado global. No entanto, um crescimento de 21% em 2024 não foi suficiente para manter sua posição, empurrando-a para o quarto lugar. O sucesso recente do setor foi impulsionado por altos preços da eletricidade, recursos solares abundantes, leilões governamentais, e políticas de medição líquida de apoio. Mesmo diante de dificuldades econômicas, aumento de tarifas de importação de módulos fotovoltaicos e altas taxas de restrição, o mercado solar brasileiro tem consistentemente superado as expectativas do governo.